Malucos adictos, poetas falidos,
marido e marido, orgulho ferido.
Não somos ninguém!
Nunca seremos ninguém...
Canecas e copos, o som de moedas,
Chapéu no asfalto, o pão dos poetas
e tudo está bem!
Continua tudo bem...
Risos sem dentes, olhares sem lentes,
ereções latentes, esmola pra eles!
E tudo está muito bem...
Aqui tudo sempre está bem...
Escória maldita!, o assassino replica,
O sangue salpica e a fama triplica,
Mas esses serão alguém...
E nós não seremos ninguém.
Assina-se a sina, consente o mendigo.
Pisar nesta mina é também meu castigo.
E me vejo sentado no chão.
Poeta implora por pão...
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